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Arquitetos: Joana Barossi, VELA.oficina
- Área: 29 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Camila Alba
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto parte de uma inversão da planta original, colocando a cozinha em evidência e propondo uma outra relação com o modo de habitar o apartamento. Sua proximidade com a janela traz luz à nova bancada e prioriza um programa mais social, demanda do futuro morador, um jovem cozinheiro. Ao demolir as paredes, a estrutura central de concreto aparece e organiza o conjunto: a área do banheiro é deslocada para a antiga cozinha e a cama toma o lugar do antigo banheiro. A mesa de jantar e trabalho, também próxima à janela, amplia a área útil da cozinha que passa a ser centralidade do apartamento, com uma bancada em granilite branco com 3 metros de comprimento e gabinete num tom verde acinzentado mais sóbrio.
Suspensa a 45 cm do chão, a cama se encaixa na estrutura de concreto aparente, como uma espécie de cabine de barco aberta, que funciona também como armário, com grandes gavetas e nichos. No pé da cama, forma-se uma sala, com um banco corrido em “L” e baús móveis que podem acomodar uma pequena reunião de amigos. A porta de correr, suspensa e guiada por um trilho, desloca-se do vão entre os pilares de concreto e fecha ora a lateral do quarto, ora o banheiro. Para melhor ventilação e iluminação, colocou-se uma janela em serralheria, modulada em quatro gomos, que podem ser abertos de forma independente e que conecta de certa forma o banheiro ao restante do apartamento. O piso de granilite do banheiro avança até a porta de entrada e ocupa uma parte do corredor, o que amplia sua área útil e gera uma sensação de continuidade com os espaços comuns do edifício, revestidos com o mesmo material. Disposta sobre um pilar existente, uma dupla de prateleiras em chapa de ferro dobrada, com canaleta, faz a fixação do espelho de rosto, alinhado à cuba em inox.
As prateleiras foram todas feitas em chapa metálica, brancas ou com acabamento cru. Dessa maneira, ficam finas, gerando um baixo impacto visual. O armário de serviço, também metálico, contrasta com a rugosidade e imperfeição do concreto aparente e dá continuidade ao pilar, formando um volume delgado para armazenar os utensílios de limpeza. Na parte da frente, alinhado com a marcenaria, há nichos para guardar os sapatos. É um apartamento diminuto que, com uma inversão simples, levou à luz os espaços comuns da sociabilidade, das refeições e do trabalho e trouxe a cama e o descanso para um espaço mais contido.
